sexta-feira, 31 de maio de 2013

Capítulo 2 (A descoberta)


  
Capítulo 2 (A descoberta)



- Noite braba de grande.
-pra mim foi uma noite daquelas, a tempo que eu não me divertia tanto, cara! nunca vi tantos parentes juntos.
-É, pena que muitos não vieram, ontem foi aniversário da morte de tio jaime, por isso, faltou quase todo mundo da casa de tia Lourdes.
-mas jaiminho tava aqui, ele não ia perder por nada essa farra.
-Farra? tú tem cada uma, não teve forró, arrastapé, só conversa fiada e mentira, e tú chama de farra?
- Para com isso Micau, vai me dizer, que tú não se divertiu?
- mas daí a chamar de farra, foi uma diversão familiar... diz uma coisa, aquelas matas depois da tua casa, o que tem pra lá?
- Cara! tem uns dispenhadeiros, que dá medo até de ir, tem uma rocinha de cacau dentro da mata, que apenas umtrabalhador faz todo o serviço dentro de meio dia, de tão pequena que é,ele mesmo colhe o cacau,bandeira, quebra e traz pra secar, depois da mata, tem a fazendinha de Joana, a gente chama lá de vai quem quer.
- Mas quem é esse trabalhador que cuida dessa rocinha?
-É Zelito.
-Netinho, tú pode me levar pra conhecer essas roças do lado de lá, eu sempre tive curiosidade, desde pequeno que sempre morei em ibirapitanga, nunca tive acesso às roças de vovô Braulino, já que hoje é domingo e eu tô por aqui, vou aproveitar.
-É! tú tá aqui hoje, eu tô aqui desde que começou minhas férias, e tú aínda quer que eu me embrenhe dentro dessas matas quase na hora de ir embora?
- Faz de conta que é tua ultima aventura nessas férias.
-Férias de junho, mês chuvoso e tú quer aventura? Só rindo.
- Aventura com chuva.
- Vamos lá então, mas calça um apatão de borracha, pode ter cobra no caminho.
- O que tem muito por aqui é pedra, trabalhador de roça sofre mesmo, pra pegar os cacaus que caem lá embaixo deve ser difício.
- Rá rá rá, usa bemtua inteligencia no teu curso de advocacia cara! cada um, usa a inteligencia como lhe convém, sabe uma vara de podão?
- Claro que sei, tá me chamando do que? moro em Ibirapitanga, não moro em São Paulo não.
- por Falar em São paulo, vou te contar uma história depois, então, os cacaus que caem lá em baixo, quem tá banddeirando, põem um podão velho numa vara daquela quebrada no tamanho que lhe agrada, uns maiores, outros menores...
- Entendi, aí, eles pegam o cacau com o podão, mas painho falava que não pode furar o cacau senão ele fica ruim pra quebrar depois.
-Então? ninguém gosta de furar o cacau, ou bandeirar com ponta de facão por exemplo, pois quando tem muito cacau pra colher, geralmente demora uma semana ou mais,aí, o cacau furado mucha, muchando, fica muito difício pra quebrar depois, mas numa situação de nescessidade...
- Já vi que não entendo mesmo de roça, onde é o pé de jabuticaba que falaram que tem por aqui por essa roça.
- Fica lá no relique, a entrada era lá atrás nas pedras à esquerda, dalí uns 500 metros, mas nesse tempo não tem jabuticaba não, o tempo dela é em Janeiro, no verão.
-Essa ladeira não acaba mais não?
- Tú quer ir onde? na rocinha de dentro da mata, ou no vai quem quer?
- Por que vai quem quer?
- Poruqe só quem quer vai lá ora bolas...
.. É o seguinte, o caminho pra ir pra lá, entra lá em Mil, na bifurcação da estrada, mas como é muito longe, fizeram um atalho por dentro da mata.
- Não vamos no tal vai quem qeur não, vamos até na mata mesmo.
- Boa escolha, eu já tava mesmo cansado, esse caminho molhado e escorregadio, mas não é fácil ir na rocinha da mata também não, a gente sai da trilha logo ali, e o caminho pra lá é difícil.
-Esse sapatão tá fazendo calo no meu pé, já tá perto?
- Ta sim, é logo alí, antes daquela árvore caida no caminho que a gente entra pra esquerda.
- Esse caminho é ruim mesmo.
- Cara! nem burro vai lá, ele fica aqui,e Zelito faz tudo sozinho, é uma rocinha de nada.
- Pera aí Neto, o que é aquilo alí?
- O que?
- Olha lá, tá vendo aquele mato verde rasteiro alí?
- Deve ser alguma erva daninha que nasce por causa da chuva.
- Não é não, eu conheço aquilo, éuma plantação de maconha, vamos lá perto ver?
- Tú é doido, se for plantação de maconha, quem plantou deve tá de olho em tudo, principalmente, porque sabe que ia tá muita gente aqui esse final de semana.
- Mas só sabem que a gente ia tá aqui, os trabalhadores de vovô e os mais chegados, outras pessoas não... só se for... alguém que trabalha com vovô, ou bem perto dele.
- De qualquer jeito, é arriscado a gente tá de bobeira aqui.
- Vamos ver de perto pra ter certeza, se for mesmo maconha, a gente se manda...
... Netinho, isso com certeza é maconha, claro que esses pés são mudas novinhas, mas que é maconha,disso eu tenho certeza.
- Micau, olha  alí.
- Jesus, vamos dar o fora daqui, efalar com vovô, talvez, seja esse Zelito mesmo que tá plantando maconha aqui, ele é de confiança?
- Bom! ninguém nunca ouviu falar nada dele, a muito tempo que ele trabalha com o véi Braulino, se ele tivesse aprontando alguma coisa, com certeza Baiaco sabia.
- E se Baiaco  tiver envolvido com ele?
- Ah não! por ele eu ponho minha mão no fogo, o problema dele é cachaça, mas outras drogas não, mas vamos fazer assim, não vamos falar com ninguém...
- Fica tranquilo, eu que te peço pra não falar com ninguém, eu vou falar com vovô e tú vai confirmar, vou encinar a elecomo descobrir tudo, opa!!!!
-Cuidado, tú vai cair embrenhado na pedras, e vai morrer antes de saber de quem é essa maconha, rá rá rá.
- Tú rir né? eu tô muito é assutado.
- Quer que eu faça o que? quer que eu chore?
- Vem vindo alguém, quem será? será que é o dono das maconhas?
- Fica frio, ninguém sabe que a gente sabe, pelo menos por enquanto.
- Bom dia.
- Bom dia Vitalino, o que tá fazendo pra essas bandas,Micau ficou com medo de tú, rá rá rá.
- Tá todo mundo procurando vocês, sumiram cedo e por causa da chuva, o povo tá indo embora mais cedo.
- E como táu soube que a genta tava pro lado de cá?
- Rico de Jerônimo ouviu vocês conversando de ir no vai quem quer, aí eu vir atrás de vocês pra cá.
- Hum! Vovô vai pra Itamarati também?
- Não, ele vai na semana que vem, quando começa as aulas dos meninos, já foi quase todo mundo, só tem dois carros pra ir agora, não foram ainda,porque vocês não tinham chegado.
- Eu não vouhoje também não, vou na quarta feira, quando tio Rose for eu pego uma carona com ele até itamarati, e vou de onibus pra Ibirapitanga.
- Você vai voltar pra sede com a gente Vitalino?
- Vou sim.
- Então vamos lá, tem umcaminho mais perto, sem ser lá por tio Rose, não tem?
- Daqui a distancia é a mesma, mas tem um caminho pelo relique, só que lá por rose, o cam inho é bemmelhor, aqui por dentro é picada, e cheio de cobras.
- É que essa bota tá me aguniando, tô cheio de calos.
- É doutor, advogado não sabe o que é vida dura de trabalhador de roça não.
- Ainda não sou advogado, mas tenho certeza,que serei um bom advogado.
- Eu vou ficar por aqui,tú vai com Vitalino, que masi tarde eu chego lá.
- De jeito nenhum, tú vai comigo. esqueceu do nosso trato.
- Que trato?
- Trato nenhum, mas de qualquer forma, vamos com a gente, oi tia Nai, prepara a boia, que mais tarde eu venho almoçar aqui.
- Tú não vai embora não?
- Vou não, eu quase não venho pro lado de cá, já que vocês vão embora na quarta feira, eu vou ficar e ir com vocês.
- porque não já fica logo e espera pra almoçar?
-Preciso ir lá em baixo falr com o pessoal e com vovô, mas eu volto.

3 comentários:

  1. Só tem capítulo 2 aí! E DIFÍCIL é com L, e não com O. Mas tá bem legal mesmo!!

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    1. Preste a atenção, que na frente do capítulo, tem o tópico, e obrigado pela correção, eu mesmo escrevo, corrijo e posto. diferente das revistas, livros e jornais, que tem um profissional em cada área.

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